domingo, 30 de outubro de 2011

Niju Kun


O mestre Gichin Funakoshi desenvolveu e aperfeiçoou o aspecto filosófico do Karatê, incluindo na filosofia dessa arte marcial o bushido, o código de honra dos samurais. Ele também dava ênfase aos aspectos psicológicos da prática, para que o praticante melhorasse sua concentração e tivesse mais controle sobre suas emoções.
Para facilitar o alcance dessas metas, ele criou o Niju Kun e o Dojo Kun. O primeiro são os ensinamentos do mestre Funakoshi e o segundo são os mandamentos para o local onde se pratica karatê. Em ambos, sempre se começa a leitura pela palavra hitotsu, que é a forma que os japoneses também usam para contar e significa um. Isso porque Funakoshi acreditava que nenhum ensinamento ou mandamento é mais importante que o outro.



Não se esqueça de que o Karatê deve iniciar com saudação e terminar com saudação.

No Karatê não existe atitude ofensiva.

O Karatê é um assistente da justiça.

Conheça a si próprio antes de julgar os outros.

O espírito é mais importante do que a técnica.

Evitar o descontrole do equilíbrio mental.

Os infortúnios são causados pela negligência.

Karatê não se limita apenas à academia.

O aprendizado do Karatê deve ser perseguido durante toda a vida.

O Karatê dará frutos quando associado à vida cotidiana.

O Karatê é como água quente. Se não receber calor constantemente torna-se água fria.

Não pense em vencer, pense em não ser vencido.

Mude de atitude conforme o adversário.

A luta depende do manejo dos pontos fracos (KYO) e fortes (JITSU).

Imagine que os membros de seus adversários são como espadas.

Para cada homem que sai do seu portão, existem milhões de adversários.

No início seus movimentos são artificiais, mas com a evolução tornam-se naturais.

A prática de fundamentos deve ser correta, porém na aplicação torna-se diferente.

Não se esqueça de aplicar corretamente: alta e baixa intensidade de força, expansão e contração corporal, técnicas lentas e rápidas.

Estudar, praticar e aperfeiçoar-se sempre.